domingo, 3 de julho de 2011

Os Olhos de quem ver!


Um dia, um pai de família rica, grande
empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme
propósito de mostrar o quanto as
pessoas podem ser pobres.

O
objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens
materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde
cedo passar esses valores para seu herdeiro.

Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo...

Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:

- E aí, filhão, como foi a viagem para você?

- Muito boa, papai.

- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?

- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.

- E o que você aprendeu, com tudo o que viu naquele lugar tão paupérrimo?

O menino respondeu:

- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro.

Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.

Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.

Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.

Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!

O filho suspirou e continuou:

-
E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer
refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios,
dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto!

No
quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia
sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo,
inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.

Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós.

Na
nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele
quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos
camas macias e cheirosas sobrando.

Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefado, sem graça e envergonhado.

O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:

- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres!


MORAL DA HISTÓRIA:

Não
é o que você tem, onde está ou o que faz, que irá determinar a sua
felicidade; mas o que você pensa sobre isto! Tudo o que você tem,
depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza. Se
você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes
positivas e partilha com benevolência suas coisas, então... Você tem
tudo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário